segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

esperança

Eu acredito agora
Que a morte é uma farsa
Que o peito não respira
Que a alma não pressente
Que o sorriso não tem dentes
Que a vida é fantasia
Que a felicidade vicia
E abstinência me faz mal
Que o mundo é ideal
E nada morre mais no mundo
Que nada mais me causa assombro
Que eu sou capaz de sobreviver
Que eu posso muito e muito quero
Que eu vou vencer o invisível
Que eu tenho força e é possível
Me satisfaço com o meu ser
Eu acredito que exista
Um Deus maior que toda força
De uma alegria que conforta
E que conhece os meus defeitos
Que sabe amar indiferente
Que sabe andar sobre o saber
Acredito
Que o mau é um sujeito
Que é imensamente fraco
Que tem pedras nos sapatos
E jamais pode descansar
Eu acredito
Que a vida seja boa
Acredito que sempre há escolha
E cada um tem seu lugar
Acredito em fadas
Em duendes
Em seres encantados
Acredito em ETs
E em anjos enviados
Acredito no amor
Acredito na vida
Acredito na arte de viver
Que existe um mundo inteiro pra se conhecer
Tão maravilhoso
Tão completo
Cheio de respostas
A lógica de tudo
Do universo
Do sentimento
Da dor e do sorriso
Um mundo inteiro de improviso
E possibilidades infinitas
Com uma reta entre dois pontos
Como uma luz que traz encantos
E eu preciso saber usar
Está tudo aqui
Está tudo em mim
Eu sei que posso
Eu quero e posso
E  vou tentar...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

tchau!


Tenho medo que você vá embora...
E eu fique só
Sozinho, só comigo
Sem ter nem do que ter medo....

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

medo


Tenha medo
Tenha sangue
Tenha sorte
Tenha medo
Sinta a morte,
Sossego!
A paz que há muito te faltava...
O Sorriso vem e é como antes...
Só que agora é para sempre
 A morte vem como um presente
E tua face ri a toa!
São os motivos mais singelos
Digo é um sonho, mais completo
De um adormecer eterno
Que de silêncio te atordoa
E Se a tua face ri a toa
É que tudo natural
O cansaço chega e leva
 A cor que habita a tua alma
Numa inesperada calma
Que é o Porém do universo
É como fim de cada verso
Que ao escrever já nasce morto
E que ao fim de cada sopro
Prepara o leito pra si mesmo
Vira memória e vira ao avesso
De uma perpétua simpatia
Escreve ao sol tua alegria
E guarda ela a 7 palmos
Eu não respiro e só me acalmo
E me entrego ao próprio mal....

sábado, 15 de janeiro de 2011

sentir

Queria sangue
Talvez veneno
Sentir a dormência dos dedos
Sentir fome, desejo ao menos
De sentir prazer, no tato
Paladar
Sentir algum gosto
Doce
Amargo
Podre
Sentir ...

Queria saber como é existir
Pois eu já esqueci,
e não sei mais ser eu...

Pois estou morto por dentro
E nada mais me consome

Não existe mais abismo
E eu não sinto mais sono
E eu não sinto mais falta
E eu não sinto mais vontade
E eu não sinto mais nada

Não preciso mais de coragem
Não preciso mais da vida
Eu já cai no esquecimento

Eu sou vulgar
Sujo
Louco
Eu sou o tormento


E hoje nada tem mais graça
Nada tem mais cor
Nada tem mais vida
Não existem mais anseios
Não existem mais amores

É a existência em meio ao nada
Que não reage mesmo ao cronos
Que o tempo já não  afeta
É o que não tem carma nem conforto
Que não tem nada
Não tem gosto
Que já não sente ao menos dor...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

ego


Vida
Vida
Vida minha
Me dá um pouco de alegria
Me faz sentir menos eu...

Me faz um pouco malícia
E um pouco menos magia
Me faz um pouco alegria
Me faz viver
Sem ser eu...

Quero sorrir
De alegria
Quero viver
Sem nostalgia
Sem a lembrança
Sem o amargo

Sem mais remédio...

Com um sono que seja sincero
Sem o torpor
Com lucidez
Quero ter sonhos que sejam sinceros

Viver neste mundo
Com mais clareza
Sentir mais profundo
Sentir mais leveza

Sentir mais criança
Ter menos receio
Ter menos anseio
Sentir-me em recreio
Alcançar mais sucesso

Vida
Vida
Vida minha
me dê só um pouquinho de alegria
me faz sorrir
sem ser eu

que eu quero o sonho
o amor repleto
quero respirar
sentir-me completo

não me de devaneios
nem pensamentos concretos
deixa eu  mudar
sem tormentos
adormecer mais correto

me deixa ser mais do mundo
vida minha
me deixa ser um pouco menos profundo
me deixa ser menos eu...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

afeto


Cadê o abraço?
A perfeição?
Olho no olho?
Mão na mão?
Boca e ouvido?
Cabeça e ombro?
Braço com costas?
E beijo longo?
Palavras baixas?
Quase cochicho?
De falas doces?
Aos pés do ouvido?
Será que tudo,
Não é mais que um gozo?
Será que o mundo
Não é mais que o gosto?
E que uma noite,
É suficiente?
Pra definir,
O que a gente sente?
Pra satisfazer
 a minha vida vã?
pra completar meu mundo?
Pra ser mais que irmão?
Pra ser mais que amigo?
Pra te dar minha força?
Pra viver contigo?
E esquecer das coisas?
E estar satisfeito,
Por ter um bem me quer?
E ter toda noite a mesma mulher?
 Onde está o abraço?
Que ninguém mais quer?
Onde está o beijo mais que homem e mulher?
Onde está o sentido?
Onde está o amor?
Onde está o carinho?
As relações sem dor?
Será meu destino?
Eu enxergar sem cor?
E eu não ver caminho
Que esteja ao meu favor?
Não quero mais ter frio
Nem corpos vazios...
Não quero mais espinhos
Nem me sentir viril
Quero estar alegre
Por te ter somente
Que sua existência em si
Me seja um presente
Aquele dom de deus
que afastará má sorte
e que nos torne 1
cada vez mais fortes
nossa existência
ligada um ao outro
como a origem da vida
vinda de um só sopro
que tem um quê divino
serei tua costela
serei pra ti menino
da forma mais sincera
serei pra ti pecado
serei pra ti a sorte
e nesta eternidade
eu  te afastarei a morte
pra que possamos juntos
saber o que é a vida
e resistir a tudo
sarar qualquer ferida
e encontrar de fato
o sentido de ser
que é nos amarmos sempre
enquanto deus quiser...