domingo, 18 de setembro de 2011

mímicas


notei no olhar que quando eu amo
é como dançar ao estar parado
notei no toque
que sua mão é batuta
com uma cadência divina
emudeci os teus versos


conheci cada pauta
suas sensíveis semínimas
as tuas claves singelas
tua percurção controversa


tua melodia pautada
ao descorrer do meu ritmo
face à minha expressão
onde o tema é universo


é o suor do teu corpo
forma de violino
te sinto escorregar
em cada arco convexo


e ai notei que amar
é trabalhar como mímica
ao preencher os espaços
simplificar o complexo


é como que se achar
em partitura sem rima
não se precisa escutar
é só me ter por maestro

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