domingo, 20 de março de 2011

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10/08/04
Amo a morte como a vida

É tão bela quanto

Só que é mais comprida.

Não que a deseje

Mas torço para que ela chegue

Um dia, distante ainda

Amo a tristeza como a alegria

É tão bela quanto

E eu a sinto todo o dia

Não que eu a queira

Mas eu a aceito

Assim tem mais graça a alegria

Amo a hostilidade como a simpatia

É tão bela quanto

E nela sinto mais garantia

Não que a receba bem

Mas assim torna-se amiga a simpatia

Por fim amo todos os opostos

Amo a fome como a comida

o elefante e a formiga

a mulher e a menina

amo a tudo que me anima

e que difere de sinal

seja rock ou carnaval

seja por bem, seja por mal

seja a cegueira ou o bem se ver

Amo tudo que é oposto

como eu e você.

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