segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Eu sou o nada
O desconexo
O vazio
O dislexo
O distraído
O inocente
O sem malícia
O mais descrente
O sem sorriso
Sem cor nem tom
Não sou mais arte
Um ser marrom
Uma alma pálida
Presa ao rancor
O fogo de palha
Me perco ao som
Ao descabido
Perdi minha sorte
Perdi minha vida
Desejo a morte
Respiro a falta
O esquecimento
Sinto minha falha
Canto o lamento
O gume vil
Da minha vida torta
Sinto o vazio
E nada me conforta
Bebo venenos
Vicio em trovas
Um só movimento
Que me leva a cova
Um parecer distante
Que não tem mais força
Que já se sente fraca
Uma ilusão insossa
Que Deus me leve logo
Que nada tem sentido
Que minha ilusão é o tosco
Um circo sem sentido
Sem um colorido
Sem parecer humano
Sem parecer umbigo
Eu vivo o profano
Vivo sem destino
Já não sou bossa nova
Sou um sofrer de frio
Que nada mais conforta
Que nada mais reflete
Que nada mais inspira
Meu deus me leva logo
Dessa vida vazia
Que eu agüento pouco
Te peço um descanso
Que não me amargue tanto
Que  não me tire o encanto
que me ponha logo
Ao perecer da terra
Que é a única verdade que todo ser espera!!!



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